Fotógrafos em Mosul

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Nos doze anos em que fui editora de fotografia da National Geographic Brasil costumava dar algumas orientações para os fotógrafos interessados em colaborar com a revista: “procure algum tema relevante e com o qual tenha afinidade, que se sinta à vontade para retratar. Não precisa buscar um destino exótico. Um ponto de vista pessoal sobre algo a que você tenha acesso é o primeiro passo para fazer bons projetos.”

Segui minhas palavras à risca até certo ponto. Acabei produzindo meu primeiro projeto como fotógrafa num lugar distante e sobre um tema com o qual não tinha familiaridade: a guerra. Isso aconteceu porque, no final de 2016, resolvi me juntar a alguns fotógrafos na cobertura da batalha para libertar Mosul do controle do grupo Estado Islâmico, com o objetivo de apresentar a nova geração de brasileiros que se dedicava à cobertura de conflitos.

No Iraque, conheci fotógrafos de outras partes do mundo trabalhando com grande diversidade de enfoques: da cobertura dos fatos para jornais diários, a projetos mais reflexivos sobre as consequências da guerra, e até artistas com projetos conceituais.

“Fotógrafos em Mosul”, apresenta alguns desses profissionais, mostra o que os motiva, que histórias estão criando, os riscos que correm e como cada um deles dá sua voz para uma narrativa contada por muitos.